quinta-feira, 28 de julho de 2011

Profissionalização das ONGs

               No Brasil, as Organizações Sociais estão começando a ganhar força, no entanto ainda é muito comum organizações recém fundadas e outras até com anos de história não terem um funcionário se quer trabalhando na Organização, nenhum gestor de projetos ou um captador de recursos. Em sua grande maioria são formadas e geridas por voluntários que fundaram essa organização, pessoas que dedicam de forma quase que inexplicável parte do seu tempo (muitas vezes dias da semana), para poder ajudar nas causas em que acreditam.

                Se por um lado é positivo ver  pessoas engajadas por causas sociais, por outro lado esse é um erro, no meu ponto de vista, crucial que pode colocar em cheque a continuidade dessa organização. O voluntario é sem duvida de extrema importância para qualquer organização ou causa, alias sem eles não vejo também sentido de uma organização existir, mas acredito que essas pessoas devem ter um papel dentro da organização de forma a contribuir com os projetos que a ONG desenvolve e não como gestores dela. A gestão deve ser feita prioritariamente por uma pessoa contratada e que dedique em tempo integral de forma continua suas atividades para o andamento de seus projeto, ela deve ter suas responsabilidades bem definidas e compromisso de realizar de forma transparente e eficaz seu trabalho, assim se torna muito mais fácil de cobrar os resultados das pessoas, coisa difícil e delicada de se fazer com um voluntário.
          
Por isso quando uma organização nasce, ela surge de um movimento social, de pessoas voluntárias, que se interessam por uma causa especifica, porem a partir do momento que surge a necessidade de transformar esse movimento (até então sem registro formal) em uma organização de fato reconhecida pelo estado e pela sociedade com CNPJ, registros e títulos, é fundamental que essa organização passe a pensar profundamente na contratação de pessoas e colaboradores para gerirem essas ONGs e projetos. Seus fundadores precisam tirar de si a responsabilidade e de certa forma desapegar de sua “criação” para que a causa e a organização ganhe de fato uma gestão profissional para realizar sua missão para o qual foi constituída de forma eficaz eficiente e efetiva.

               
                De certa forma ainda, no Brasil, a cultura da gestão, especialmente entre organizações sociais, não é tão difundida com o receio de ser comparada com uma empresa, mas temos mudar esse pensamento e pensar que de fato não somos uma empresa mas toda organização precisa ser bem gerida para ter credibilidade, uma marca forte, transparência etc. E tudo isso facilita a captação de recursos para que a organização possa manter por muitos e muitos anos seus projetos e programas.